No meio do mangue
Dentro da terra
Escondido nas cavernas
Enraizado
Atolado
Empoeirado
Cavo cada vez mais
Passo pelo futuro e pelo passado
Ramifico o tempo
Com raízes que sugam lembranças
Lambanças
De tempos
Achados
E perdidos
E pedidos
E esquecidos
Num vendaval cronológico
Tudo vai embora
Mas sigo na oca
Criando mais raízes
Os ventos de Cronos
Seguirão sua trajetória
Até outras dimensões
Com as lembranças
Mas eu fico aqui
Segurado em minhas raízes
Segurando em galhos com minhas prezas
Depois do vendaval, hora de criar de novo
Uma nova casa
Com novas lembranças e expectativas
Novos passados e futuros
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