sexta-feira, 12 de junho de 2015

Olhar nublado

Quando há nuvens
Acinzentando o céu

O sol não morreu
Ele segue imperial

Mas naquele dia não, estava escondido

E o dia estava cinza
Não importava a realeza do sol naquele dia
Pois as nuvens estavam lá também

Foi assim quando eu te vi
Seus olhos estavam prestando atenção em outra coisa

Quando olhavam pra mim, era rápido

Eu olhava para você mais rápido
Porém, sempre repetia os milésimos de segundo

Via-a através das nuvens
Além da timidez, além da sua desatenção

Todo aquele sol atrás de seus olhos
Toda aquela implosão nuclear de sua alma
Aquela luz, de seus olhos,  ardendo meus olhos

Mas era inevitável
Eu fechava, me virava para não me cegar

Mas voltava a te ver
Por mais alguns milésimos

Qualquer problema, sabia que podia contar com as nuvens
E fingir que o dia estava nublado

terça-feira, 2 de junho de 2015

Sob o sol, sob a sombra II

Sob o sol
Sobre a sombra

Sob a sombra
Sobra a sol

Sob a sobra
Sobra a sombra

Sobe à sombra
Some o sol

Sobe ao sol
Some a sombra

Some a sombra
Sobra a noite

Some o sol