Vejo você
Te ouço
Todos os meus sentidos sentem você
Uma atração impossível de parar
Tão forte quanto o magnetismo
Somos opostos, por isso não consigo parar de ser atraído
Eu me atraio
Me atraio
Me traio
Tropeço
Peço
Por mais movimentos
Seguirei sendo atraído por você
Como uma barra de cobre que não consegue se cobrir do seu alto grau de eletricidade
Que eu chegue até você
E seja feliz sendo eletrocutado
Todas as minhas veias sentindo
Sua voltagem vindo
Voltando
Indo
Seguindo sua trajetória indomável
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
Ostentação da inveja
Sim, senti orgulho da inveja que atraíres
Permanecei os privilegiados de causar um sentimento tão repugnante
Considerai mesmo todas críticas fruto dela
Agradecei o vosso voo, disparado pelo ódio e derrota dos que vos odeiam
Colecionai inimigos: são vossos troféus
Empalhados na vossa parede da vitória
Dai beijos em vossos próprios ombros
Não tentes defeito, nunca penseis isso
Qualquer crítica é fruto do vosso sucesso inquestionável
Vossa qualidade que causa tanto ódio, rancor, destruição dos inimigos e inveja
Senti orgulho disso
Vencedores
Quem são os outros para vos criticarem?
Para questionar vossa óbvia superioridade
Só podem ser perdedores
Perdedores
Que vivam para vos ver crescer
Que se mutilem por isso, cada gota de sangue deles e um litro do vosso sucesso
Que vos odeiem
Cada novo ódio que conquista é mais importante que qualquer novo amor
Vida longa à inveja e ao ódio
Que continuem trazendo só alegria a todos
Feliz ano novo.
Permanecei os privilegiados de causar um sentimento tão repugnante
Considerai mesmo todas críticas fruto dela
Agradecei o vosso voo, disparado pelo ódio e derrota dos que vos odeiam
Colecionai inimigos: são vossos troféus
Empalhados na vossa parede da vitória
Dai beijos em vossos próprios ombros
Não tentes defeito, nunca penseis isso
Qualquer crítica é fruto do vosso sucesso inquestionável
Vossa qualidade que causa tanto ódio, rancor, destruição dos inimigos e inveja
Senti orgulho disso
Vencedores
Quem são os outros para vos criticarem?
Para questionar vossa óbvia superioridade
Só podem ser perdedores
Perdedores
Que vivam para vos ver crescer
Que se mutilem por isso, cada gota de sangue deles e um litro do vosso sucesso
Que vos odeiem
Cada novo ódio que conquista é mais importante que qualquer novo amor
Vida longa à inveja e ao ódio
Que continuem trazendo só alegria a todos
Feliz ano novo.
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
No parque do Inferno
Duas crianças estavam se banhando num rio de sangue quente, numa vila do Inferno
Elas se esbaldavam
Na vila, havia todo tipo de gente ruim
E naquela semana havia um demônio para fazer inspeções
Para saber se as penas estavam sendo cumpridas
Longe dali, havia o Centro do Inferno
Onde as decisões são tomadas
Chegou aos ouvidos de Lúcifer uma denúncia preocupante:
O Inferno, onde todos deviam sofrer eternamente em torturas e pagar pelos seus crimes
Estava tendo seus princípios violados
Afinal, seria um paradoxo qualquer prazer dentro dali
Por isso mandou o tal demônio inspetor àquela pequena vila
Ao chegar lá e ver as crianças se divertindo no rio, nadando, brincando, logo chamou suas atenções
-Crianças malditas, por que estão felizes, isso é proibido aqui! Voltem a sentir nojo do sangue, das carnes podres, voltem a sentir dor de queimadura
E as crianças responderam:
- Nós viemos parar aqui porque não obedecemos essas mesmas regras quando vivos. Fomos mortos com base nas mesmas regras, que nos amaçavam ter como punição vir ao Inferno
- Eu sei, mas é para sofrer, parem de achar graça, de se divertir
- Mas por que somos obrigados a sofrer? Por acaso estamos fugindo das sessões de tortura? Estamos faltando às aulas de espancamento? Ferimos alguma regra do Inferno?
O demônio pensou, e, então, voltou
No seu caminho, havia muita gente que ele, particularmente, achava chata
Gente que pegava nele, dizendo que fez o que fez por acreditar que é certo, que estava arrependido, que não merecia ficar sofrendo no Inferno.
- Sai daqui!, gritava, chutava-os, espancava-os, com muita raiva
Quando voltou ao Palácio, o demônio inspetor disse ao seus superior:
- Majestade, não havia nenhuma lesão às regras do Inferno.
- Mas havia crianças felizes no rio de sangue
- Sim, mas elas estavam junto com outras pessoas, que me suplicavam para sair dali, diziam que não mereciam estar no Inferno, que não sabiam que erraram, ou que estavam arrependidas. Aquela chatice de sempre. Elas nem sabiam que, na prática, podem sair do rio, ou do inferno, mas continuam achando que não merecem sofrer, que nunca voltarão a fazer nada de errado. Por isso continuam lá. Estão presas.
- E as crianças?
- Os que as executou estão no rio também, lamentando. Elas não. Não estão arrependidas nem acham que não mereciam estar aqui. Devo puni-las?
- Não, mas acho que quem está as denunciando para nós é um dos executores. Parece que ele já está sendo muito punido. Além de estar no Inferno, acha que não merece estar aqui e tem inveja dos pecadores que mandou executar. Não há o que eu possa fazer para punir essa pessoa. Quando ela veio aqui pedir a inspeção, senti algo próximo do que os humanos chamam de nojo. Ela já está mal o suficiente.
Elas se esbaldavam
Na vila, havia todo tipo de gente ruim
E naquela semana havia um demônio para fazer inspeções
Para saber se as penas estavam sendo cumpridas
Longe dali, havia o Centro do Inferno
Onde as decisões são tomadas
Chegou aos ouvidos de Lúcifer uma denúncia preocupante:
O Inferno, onde todos deviam sofrer eternamente em torturas e pagar pelos seus crimes
Estava tendo seus princípios violados
Afinal, seria um paradoxo qualquer prazer dentro dali
Por isso mandou o tal demônio inspetor àquela pequena vila
Ao chegar lá e ver as crianças se divertindo no rio, nadando, brincando, logo chamou suas atenções
-Crianças malditas, por que estão felizes, isso é proibido aqui! Voltem a sentir nojo do sangue, das carnes podres, voltem a sentir dor de queimadura
E as crianças responderam:
- Nós viemos parar aqui porque não obedecemos essas mesmas regras quando vivos. Fomos mortos com base nas mesmas regras, que nos amaçavam ter como punição vir ao Inferno
- Eu sei, mas é para sofrer, parem de achar graça, de se divertir
- Mas por que somos obrigados a sofrer? Por acaso estamos fugindo das sessões de tortura? Estamos faltando às aulas de espancamento? Ferimos alguma regra do Inferno?
O demônio pensou, e, então, voltou
No seu caminho, havia muita gente que ele, particularmente, achava chata
Gente que pegava nele, dizendo que fez o que fez por acreditar que é certo, que estava arrependido, que não merecia ficar sofrendo no Inferno.
- Sai daqui!, gritava, chutava-os, espancava-os, com muita raiva
Quando voltou ao Palácio, o demônio inspetor disse ao seus superior:
- Majestade, não havia nenhuma lesão às regras do Inferno.
- Mas havia crianças felizes no rio de sangue
- Sim, mas elas estavam junto com outras pessoas, que me suplicavam para sair dali, diziam que não mereciam estar no Inferno, que não sabiam que erraram, ou que estavam arrependidas. Aquela chatice de sempre. Elas nem sabiam que, na prática, podem sair do rio, ou do inferno, mas continuam achando que não merecem sofrer, que nunca voltarão a fazer nada de errado. Por isso continuam lá. Estão presas.
- E as crianças?
- Os que as executou estão no rio também, lamentando. Elas não. Não estão arrependidas nem acham que não mereciam estar aqui. Devo puni-las?
- Não, mas acho que quem está as denunciando para nós é um dos executores. Parece que ele já está sendo muito punido. Além de estar no Inferno, acha que não merece estar aqui e tem inveja dos pecadores que mandou executar. Não há o que eu possa fazer para punir essa pessoa. Quando ela veio aqui pedir a inspeção, senti algo próximo do que os humanos chamam de nojo. Ela já está mal o suficiente.
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
domingo, 16 de fevereiro de 2014
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Futuro velho
O futuro está velho
Está enferrujado
Corroído pelo tempo
Destruído pelo passado e presente
Um futuro gagá
Futuro seboso
Mofado
Está enferrujado
Corroído pelo tempo
Destruído pelo passado e presente
Um futuro gagá
Futuro seboso
Mofado
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