domingo, 22 de maio de 2011

Cercado pelo nada

Cercado de solidão
Por onde vejo, não há nada a ver

Por onde passo, só há vultos e vozes
Tentando me calar - e conseguindo

Como posso, afinal, lutar contra o nada?
Lutar contra o vazio, a solidão, se eles são a inexistência?

Seria mais fácil esmurrar uma parede de concreto e derrubá-la
Concreto
Como minha alma fica a cada passo que dou
Que não dou

Cada vez mais opaco, cada vez duro