terça-feira, 17 de setembro de 2013

Resigno

Resigne-se, disse-me eu a mim mesmo
E assim foi
Lembrei dos beijos e abraços que darei na mulher que amo
Lembrei dos desenhos e histórias que farei
Lembrei dos livros que lerei
Dos que escreverei
Das músicas que ouvirei
Das conversas que terei
Sigo resignado, porém
O tempo passa
E continuo lembrando do futuro
Resignado
Até me tornar o que sou agora
Um resigno

Abrigo

O mundo
Talvez um dos seus lados
Ou um canto qualquer dele
Ou fora dele
Treme
De medo de tudo
Por isso
 Qualquer canto
Do universo
Da vida
Do mundo
Ou fora deles
Podem servir de abrigo
Contra o mundo
Ou um canto qualquer dele
Ou fora dele

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A parede

Uma parede de vidro
É o que nos separa
Não me contive ao tentar quebrá-la
Até descobrir que ela era de diamante
Como você é

Inquebrável
Eu, porém, vidro permaneço
Caio e me quebro
Diante de você

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A estrela Dalva

A luz que emana da estrela travessa paredes de chumbo
Não produz sombras
Mas sim, transforma-as em reflexos
Os reflexos se cruzam e formam uma tempestade
De luz
Alimentando as plantas
Criando vidas
A luz não cega
Mas sim, dá-nos uma visão mais clara
De quão simples a complexidade é