Sou o silêncio
Sou, em torno dos movimentos, o ponto parado
O ponto, porém, que não é encontrado
A referência não achada
Sou a sombra de um objeto na escuridão
Sou o reflexo desse objeto num espelho inexistente
Sou o pesadelo e sonho das pessoas acordadas
Sou a ação das pessoas mortas
Sou tudo aquilo que os olhos não veem
Os ouvidos não ouvem
Estou ao lado de tudo
Porém, nunca no extremo
Estou acima de tudo
Nunca no ponto mais alto
E abaixo de tudo
Mas nunca no fundo
Sou a luz no fim do túnel
Onde não há túnel