A solidão no meio da madrugada é deprimente
Tomo remédios para dormir mais não durmo
Meus sonhos foram sendo destruídos um por um
Minhas paixões desmistificadas e tornadas pó
Meu espírito vaga como um zumbi
Todo quebrado, em pedaços, arrastando-se
O mundo
Externamente está condenado
Internamente julgado
Culpado
E eu ainda nem nasci
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
O voo do caranguejo
Da lama ao céu
do céu a outras dimensões
nem todas reais
porém mais reais que a realidade a partir que as crio
O caranguejo alado
Que sobrevive a tudo
Não morri afogado
Não fui cozido
Não fui pisoteado por Hércules
Não fui uma das vítimas da chacina contra 19 pessoas
Não morri na guerra
e não morri em paz
Flutuei para além do espaço-tempo
Encontrei outros eus
Todos distorcidos
Mas nenhum mais do que eu mesmo
Depois de muitas destruições
Guerras psíquicas e físicas
Saio do meio da lama
Com vários corpos podres ao meu redor
Alguns ainda estão vivos
e imploram para morrer
Vejo o fim do mundo
E o fim do mundo dentro de mim
Acontece
Minhas asas não servem para voar
Ou servem, mas nunca aprendi
Mesmo assim o vento me leva
Até depois do fim de tudo
Até o nada
sou decomposto
mas durante a agonia de morrer lentamente
Vejo alguém
Suplico pela morte
Mas tive azar
Ele também tinha asas
do céu a outras dimensões
nem todas reais
porém mais reais que a realidade a partir que as crio
O caranguejo alado
Que sobrevive a tudo
Não morri afogado
Não fui cozido
Não fui pisoteado por Hércules
Não fui uma das vítimas da chacina contra 19 pessoas
Não morri na guerra
e não morri em paz
Flutuei para além do espaço-tempo
Encontrei outros eus
Todos distorcidos
Mas nenhum mais do que eu mesmo
Depois de muitas destruições
Guerras psíquicas e físicas
Saio do meio da lama
Com vários corpos podres ao meu redor
Alguns ainda estão vivos
e imploram para morrer
Vejo o fim do mundo
E o fim do mundo dentro de mim
Acontece
Minhas asas não servem para voar
Ou servem, mas nunca aprendi
Mesmo assim o vento me leva
Até depois do fim de tudo
Até o nada
sou decomposto
mas durante a agonia de morrer lentamente
Vejo alguém
Suplico pela morte
Mas tive azar
Ele também tinha asas
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Redemoinho
Você é um paradoxo
Prestes a acontecer
Gerando furacões que espalham tudo
Ao mesmo tempo em que atraem
Seu suor esquenta e congela
seu olhar faz voar e enterra
Um instante vira um milênio
E um milênio vira um instante
E quando tudo pára
Você volta
Prestes a acontecer
Gerando furacões que espalham tudo
Ao mesmo tempo em que atraem
Seu suor esquenta e congela
seu olhar faz voar e enterra
Um instante vira um milênio
E um milênio vira um instante
E quando tudo pára
Você volta
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