sexta-feira, 23 de julho de 2010

Rodeado

Estou rodeado de amigos
Mas eu não os vejo

Até tento conversar um pouco
Mas eu não os ouço

Tento jogar
Mas eu sempre ganho

Tento rir
Mas saio chorando

Tento entender
Mas saio confuso

Tento me consolar
Com meus amigos

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Precisão

As coisas não precisam de nome
Não precisam de imagem
Não precisam de calor

Não precisam de espessura
Não precisam, até a segunda ordem, da primeira
Não precisam, até o fim do dia, do amanhecer

Precisar ser coisa
É disso que as coisas precisam

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Fixo

Fixo no seu rosto
Procuro um sinal
Um senão
Ou nada

Mas sigo fixo
Como devo ficar
Até a segunda ordem
Fixa

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sem passado

Completamente sem rumo
Desarrumado

Completamente sem mundo
Imundo

Completamente sem estrada
Desastrado

Completamente sem passado
Passado

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Tédio

O tédio varia
Subindo pela escala mais alta
Descendo ladeira abaixo
Rodopiando na minha cabeça
Tranformando-se em ilusão
Transitando entre lágrimas e chuvas
Ele faz tudo isso
E é o tédio

domingo, 11 de julho de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

Fim do mundo ao meu redor

Um fim do mundo ao meu redor
Um fogo aberto
Uma chaga fechada
Uma brasa fria
Uma cinza viva

Voam todos
Pelo ar parado
Pelo mundo parado
Pelo sentimento preso
Pelo fogo apreendido

Pela simulação real

quinta-feira, 8 de julho de 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Esperança e medo

Quando a esperança vence o medo
A ilusão vence a desilusão
O amorfismo vence a transformação
O sono vence a vontade
A vontade vence a obrigação
A obrigação vence a esperança