Arrancaram-se os ossos
A carne
Os olhos
Todas as vísceras
Queimaram tudo
Enterraram as cinzas na lama
Invocaram-se magias
Destroçaram-lhe o espírito
Sem inferno, céu ou purgatório
O Amontoado de plasmas sem rumo
Acabou sendo lacrado
Queimaram-lhe a casa
Os escritos
Mataram seus entes
Matou-se quem fez tudo isso
E quem matou quem havia matado
Mas no fim, havia sobrado
Apesar de tudo,
Sobrou
E seguiu assombrando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário