sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Flexões

Eu finjo ser o que realmente sou
Doem as feridas no lugar onde está ferido
Eu roubo objetos que já me pertencem
Eu sigo minha sombra, flexiono meu reflexo
Eu não uso máscaras, mas sim sou a própria
Sou a inexistência fingindo existir
Vendo, do camarote do inferno ou do céu, um lugar

Em que a questão a ser discutida tem sido, durante milênios
Se a humanidade precisa ser salva
Ou se ela é a própria doença

E os reflexos diversos das sombras refletidas em minhas tantas máscaras
Fazem o mesmo tipo de pergunta
Eu estou no inferno
Ou o sou

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