Sou o bolor
que fui formado por você me esquecer no cesto
Sou o mofo
que surgi por ficar trancafiado, no escuro, só
Sou o cogumelo
que alucino e sou aluninado por meu próprio veneno
Sou o fermento
que faço o bolo não repartido entre nós dois crescer
Sou a orelha-de-pau
que tudo ouço
Sou o sapinho
que ainda não virei príncipe
Nenhum comentário:
Postar um comentário